Patronos do IEC
Rómulo de Carvalho, Miguel Torga e José Mariano Gago são os patronos eleitos do Instituto de Educação e Cidadania, que servem de referência da grandeza humana e dos valores éticos e morais que regem a conduta dos membros do IEC.
Rómulo de Carvalho (1906-1997)
Pedagogo, ficou como referência, na memória de muitos dos seus alunos, historiador de Ciência, e grande poeta que escreveu sob o pseudónimo António Gedeão. Como poeta, incorpora, na sua poesia, uma cultura científica atual, e deixa transparecer uma visão clara do mundo moderno.
Para Rómulo "ser Professor tem de ser uma paixão, pode ser uma paixão fria mas tem de ser uma paixão. Uma dedicação." Além de cientista, concentrou os seus esforços na atividade pedagógica e de divulgação de Ciência, dedicando-se ao ensino e à elaboração de compêndios escolares. Publicou também inúmeros textos e obras no âmbito da História da Ciência.
Este cientista, professor, pedagogo, historiador de Ciência, escritor e poeta mostrou-nos que a fronteira entre a Ciência e a arte é, de facto, bastante ténue.
Miguel Torga (1907-1995)
Adolfo Correia da Rocha, conhecido pelo seu pseudónimo Miguel Torga, foi um dos mais influentes poetas e escritores portugueses do Século XX.
Médico, escritor, nasceu em Trás-os-Montes, e nos anos de infância teve uma vida atribulada, que passou pela emigração para o Brasil, donde voltou aos 17 anos. Foi um homem íntegro, conhecido pelos seus Diários, pelos seus contos, pela sua poesia, pela sua prosa acessível a todos os que a lêem.
José Mariano Gago (1948-2015)
José Mariano Gago foi um dos cientistas e seres humanos que mais marcou a sua geração. Mariano Gago foi um espírito independente que entrou na política para defender os cientistas de todas as áreas do conhecimento.
Foi um ministro arrojado, que sabia que a sua visão unificadora do conhecimento não era pacífica nos meios académicos, mas lançou programas ousados de financiamento dirigidos aos investigadores com genuína curiosidade pelo conhecimento.
Mariano Gago libertou os investigadores das universidades tradicionais, onde a ação e o livre pensamento eram limitados, deu liberdade aos investigadores, foi um revolucionário e um homem de visão.
Mariano Gago fez singrar a Ciência nos laboratórios e depois levou-a para a rua, levou a experimentação científica para as escolas, através da intervenção da Ciência Viva e dos centros de investigação, e quis levar a argumentação científica para dentro dos debates da sociedade e da decisão política democrática.